Mudarmos de emprego é como viajar

Mudarmos de emprego é como viajar

Mudarmos de emprego é como viajar. Quando se viaja adquirem-se novos conhecimentos, vivem-se novas experiências e contactamos com outras culturas. Quando se viaja vivem-se outras realidades, conhecemos outras pessoas, sabemos da existência de outros valores e não ficamos presos à nossa única realidade, à nossa zona de conforto e enriquecemos o nosso percurso profissional e pessoal.

Abrir horizontes traz-nos sabedoria, bom senso e maturidade. Ficamos a saber melhor o que não queremos e mais aptos a fazer escolhas e sabermos para onde queremos ir. Eu sei bem o que não quero, aprendi com minha própria experiência. As nossas escolhas tornam-se mais difíceis quando temos termos de comparação de elevados padrões de qualidade profissional.

Nesta fase da minha vida, aproveitei para acrescentar valor à minha experiência profissional e pessoal, adquiri novos conhecimentos, aproveitei para fazer formações em áreas que me despertam interesse e curiosidade e adquiri com tudo isto uma grande dose de maturidade e bom senso.

Outro ponto que considero muito relevante para quem passa por um processo de recrutamento e que lamento profundamente, é o facto de ainda existirem nalgumas empresas de recrutamento, pessoas que conduzem os processos com alguma falta de sensibilidade e bom senso, parecendo esquecer que em muitos casos, os candidatos são pessoas que já estão um pouco fragilizadas e a ausência muitas vezes de respostas aos processos de recrutamento, aumentam o vazio interior que muitos já sentem.

Quando se trabalha em áreas tão sensíveis, como são os Recursos Humanos, temos de ter em conta o lado humano e aproveitar para fazer a diferença na vida dessas pessoas, devendo realçar-se os aspectos mais positivos para a sua autoestima ficar mas elevada. Só desta forma em futuras entrevistas o candidato conseguirá estar mais confiante e sentir-se mais bem preparado para corresponder ao que lhe for exigido. Na minha opinião, há um trabalho imenso de melhoria a ter que ser feito nesta área.

Pessoalmente sinto-me fortalecida com estas experiências que tenho vivido. O caminho nem sempre foi fácil mas foi um caminho de aprendizagem e amadurecimento, fizeram descobrir em mim valores que desconhecia.

Neste momento continuo a minha travessia no deserto, no qual ainda não vislumbro nenhum Oásis, mas acredito que vai valer a pena esta minha caminhada e sei que vou conseguir alcançar o meu objectivo, porque acredito e tenho fé num futuro melhor, onde existem oportunidades para pessoas com mais de 50 anos, ainda muito válidas que querem dar o seu melhor e continuar o seu percurso profissional.
Partilho esta minha experiência de estar desempregada, como forma de vos transmitir o quanto contribuiu para cimentar os valores que já tinha de lealdade, respeito, confiança, resiliência e sobretudo humanidade.

Obrigada por me deixarem partilhar convosco a minha experiência com verdade e de alma e coração!

Um forte abraço, 
Paula Rio